As acrobacias circenses e a Musica Mediterranea encantam Oeiras
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A magia da música do mundo mediterrânico e lusófono volta a enriquecer a programação da XXVII edição do Festival Sete Sóis Sete Luas, o habitual evento de verão que anima Oeiras há mais de vinte anos, transformando-a num verdadeiro ponto de encontro de artistas internacionais. Uma iniciativa que conta com o valioso apoio do Município de Oeiras e do programa Europa Criativa.
Muitos são os nomes agendados no programa que, através de uma rica proposta de concertos e espetáculos, no mês de junho, julho e agosto, envolverão na Fábrica da Pólvora de Barcarena, artistas de França, Israel, Itália, La Reunion, Marrocos, Portugal, Cabo Verde, Brasil, Guiné-Bissau e Espanha.
Na abertura do Festival, no dia 20 de junho, às 19 horas, o excecional espetáculo de Yldor Llach, artista catalão circense da companhia francesa de circo aéreo acrobático «Les P’tits Brás», apresenta um original e incrível espetáculo de bicicleta acrobática, em que interage de forma natural e dinâmica com o público e onde as suas virtudes de acrobata ganham a admiração incondicional de participantes de todas as idades, desde os mais jovens aos adultos.
As acrobacias continuarão no dia 23 de junho, sempre às 19 horas, com o espetáculo “Bruits de Coulisses” a nova produção da conhecida companhia francesa de circo aéreo acrobático Les P’tits Brás. Um espetáculo inspirado no universo barroco e no seu ambiente fantástico. O público será convidado a entrar num ambiente teatral do século XVII, onde irá assistir a histórias entre o sonho e a realidade, entre a ilusão e a verdade, com fantasia, poesia e humor. O estilo barroco é a estética de base dos 5 personagens cuja humanidade será inspirada numa liberdade fantástica que vai passar pelas diferentes épocas. O jogo de ilusões do espetáculo “Bruits de Coulisses” inspira-se na ideia barroca segundo a qual “a vida é um teatro”.
Nos meses de julho e agosto, o Festival dará espaço à música com uma rica programação de concertos a decorrer todas as sextas-feiras às 22 horas.
No dia 5 de julho, subirá ao palco Festival Sete Sóis Sete Luas a Orkestra Popular des 7Luas, que animará a noite com música popular portuguesa, ritmos brasileiros e guineenses, melodias andaluzes e ritmos do sul da Itália. Esta produção original do Festival SSSL conta com a participação de 6 prestigiados artistas provenientes das mais diversas culturas musicais enraizadas nos Países da Rede Sete Sóis Sete Luas. Diferentes espíritos do Mediterrâneo e do mundo lusófono reúnem-se nesta orquestra: o percussionista do Brasil Roberto Mello (direção musical), a cantora Barbara Eramo de Itália, o guitarrista andaluz Javier Blanes, o músico portugués Ricardo Coelho (gaita-de-foles e flautas), o cantor da Guiné-Bissau Manecas Costa (voz e baixo) e o italiano Vanni Masala da ilha da Sardenha (acordeão).
E seguida, no 12 de julho, será a vez de apresentar a Maio 7LuasBand. Esta produção também original do Festival Sete Sóis Sete Luas conta com a participação de 5 prestigiados músicos do Maio, uma das ilhas mais periféricas do arquipélago de Cabo Verde. O reportório do grupo aposta em temas criados por compositores da ilha e defende por isso a tradição musical do Maio, utilizando o crioulo, que confere aos seus temas uma emoção especial. Os músicos, Tote Xinoca na voz e cavaquinho, Tó no baixo, Mauro no piano e cavaquinho e Nuno na guitarra foram dirigidos musicalmente pelos mestres José Peixoto e José Barros (Portugal) no âmbito do projeto de cooperação promovido pelo Festival SSSL. Como special guests estão o músico e compositor cabo-verdiano Tibau Tavares e o baterista português André Sousa Machado.
A programação continua no 19 julho com o concerto da MedArabJewishOrkestra. Esta ambiciosa nova criação musical pretende promover o diálogo intercultural, com a presença de músicos judeus, muçulmanos e cristãos, representativos dos três mundos culturais e religiosos típicos do Mediterrâneo e do sul da Europa. Esta criação pretende oferecer uma contribuição para a aproximação entre as diferentes culturas das duas margens do Mediterrâneo. Conta com a participação de 6 prestigiados mestres representativos de 6 diferentes culturas: Stefano Saletti de Itália (direção musical e bouzouki), Eden Holan de Israel (voz) Arnaud Cance da França (guitarra, voz e acordeão), Harry Perigone da ilha de La Réunion no Oceano Índico (percussões) Soukaina Fahsi de Marrocos (voz) e Carlos Menezes de Portugal (baixo).
Em julho o Festival apresenta o seu último espetáculo no dia 26 com Amiltox diretamente do Pais Basco e retomará no dia 2 de agosto com Les Voix des 7Sóis, concerto de abertura deste mês. Esta criação artística original de 2019 do Festival Sete Sóis Sete Luas, surge do trabalho conjunto de 6 incríveis músicos provenientes das diversas margens do Mediterrâneo, do mundo lusófono e francófono. Todas estas culturas musicais, instrumentos diferentes e jovens talentos internacionais se encontram para partilhar tradições e criar temas musicais inéditos. São o testemunho da possibilidade de compreensão e colaboração, transmitindo as vibrações emocionantes dos Países da Rede do Festival Sete Sóis Sete Luas.
Com a direção musical do compositor, guitarrista e pianista português Nuno Dario, participam nesta orquestra o baixista esloveno Teo Collori, o flautista francês Damien Fadat, o percussionista português Ruca Rebordão e as jovens cantoras Paola Bivona de Itália e Hadil Mechrgui da Tunísia.
O Festival continua o mês de agosto com o concerto de Alessio Boni no dia 9 e Mondoloni no dia 16. A sua música combina um estilo moderno e brilhante com profundas raízes da Córsega: vem de melodias étnicas e tradicionais, transmitidas de geração em geração, que marcaram a vida dos ilhéus durante décadas. Variações, toques pessoais e improvisações desempenham um papel importante dentro desta tradição musical, uma característica encontrada na música de Mondoloni. O seu grupo já realizou centenas de concertos em toda Europa.
Os concertos proseguem também no dia 23 de agosto com Manecas Costa e Micas Cabral, duas vozes, dois músicos, que são verdadeiros tesouros do património musical guineense. Os dois apostam num revisitar a Guiné-Bissau através de muitos clássicos, desde o pioneiro da música moderna guineense o grande José Carlos Schwartz às suas próprias canções.
A XXVII edição do Festival terminará com os concertos de Caixa de Pandora e Milli Vizcaino, a 30 de agosto e o espetáculo de dança de Bule-Bule a 31 de agosto.
Todos os espetáculos são gratuitos.